Povo de Deus, no Evangelho de
Marcos, desde o início de sua missão, Jesus forma um grupo de seguidores. Um
pouco adiante, ele constitui “os Doze” para ficarem com ele e fazerem o que ele
mesmo vem fazendo.
No Evangelho deste domingo, Jesus envia esses Doze, dois a dois. Dá-lhes
poder sobre as forças que querem destruir a vida – na linguagem do Evangelho,
“sobre os espíritos impuros”. Recomenda que andem desarmados, que não levem
nada para o caminho, que confiem em Deus e na bondade do povo. Jesus lhes deixa
claro que a força que vence os poderes do mal não é a dos recursos materiais e
das técnicas sofisticadas – embora essas coisas possam ajudar também. Ao
contrário, o poder que vence os “demônios” é aquele que vem de dentro: o amor
sincero, a solidariedade, a coerência de vida. Essas coisas revelam a fé que
“move montanhas” e é capaz de expulsar os demônios, ou, na linguagem do
Evangelho de João, “tirar o pecado do mundo”.
Jesus previne seus enviados: nem
sempre serão bem aceitos. Ao lado daqueles que os acolhem em suas casas, haverá
aqueles que nem os receberão e muito menos escutarão seu anúncio e suas
denúncias. Apesar disso, é preciso cumprir a missão. A palavra profética
precisa ser proclamada. As pessoas não podem continuar escravas de nenhum poder
que as oprime e destrói. Mas também não dá para gastar todo o precioso tempo e
as melhores energias com pessoas que não querem ouvir. “Se em algum lugar não
vos receberem nem quiserem vos escutar” – diz Jesus – “quando sairdes, sacudi a
poeira dos pés, como testemunho contra eles”.
A história de Jesus e de seus discípulos será semelhante à dos profetas,
será como a sorte de Amós, por exemplo. Amós, um agricultor do Reino do Sul,
pregava no Norte, em Betel, porque ele e muita gente sentiam um forte apelo de
Deus para denunciar as políticas injustas do rei e dos sacerdotes daquele
templo. Era preciso “expulsar os demônios” de lá. Porém Amasias, o chefe dos
sacerdotes daquele santuário, expulsou Amós, como ouvimos na 1ª leitura desta
celebração. Amós então, de alguma maneira, “sacudiu a poeira dos pés como
testemunho contra ele”, respondendo a Amasias que ele não era profeta
profissional, que ele não estava ganhando seu pão com a missão profética. Ao
contrário, era um agricultor que sentiu o apelo de Deus para proclamar a sua
palavra de alerta e de denúncia.
Como Amós, os Doze também não eram
profissionais da religião. Mas, convocados por Jesus, eles aceitam o desafio e
vão. Pregam a conversão, anunciam a proximidade do Reino de Deus, libertam
muitas pessoas de escravidões, curam muitos doentes. Mais adiante, o texto de
Marcos nos informará sobre o bom êxito dessa missão.
No Brasil de hoje, parece que os
“espíritos impuros” encontram sempre novos espaços para se abrigar e estragar a
vida do povo. Uma de suas expressões atuais é a corrupção que ronda e se
instala nos “templos de Brasília”, conforme vem sendo amplamente divulgado pela
imprensa. Quem serão os Amós de hoje, capazes de denunciar de maneira eficaz
tudo isso? Quem serão os Doze de nossos dias, a “sacudir a poeira dos pés, como
testemunho contra eles”?
A missão de Amós e dos Doze se
transforma em proposta e desafio para nós, hoje. Toda a comunidade cristã é
chamada a ser profética e missionária. O Evangelho diz que Jesus “começou a
enviar” os discípulos, o que sugere que ele continua a fazer isso até hoje.
Certamente nem todos podemos ser apóstolos como os Doze nem profetas como Amós,
mas, de alguma forma, todos podemos colaborar. Podemos apoiar os movimentos
proféticos e as pessoas que se destacam dentro deles. Além disso, temos de
trabalhar todos para que surjam, entre nós, sempre de novo, profetas como Amós
e apóstolos como os Doze.
Hoje estará tomando posse de sua paróquia oficialmente.
ResponderExcluirQue o Senhor o abençõe imensamente na tua caminhada sacerdotal e nesta linda missão que assumiu para sua vida.
Que Nossa Senhora Aparecida Padroeira da sua paróquia seja tua mãe nos momentos de solidão e teu conforto nas dificuldades do caminho.
Desejo que o Espírito Santo te fortaleça sempre, porque tu és Filho do Céu, e escolhido pelo Senhor, que te chamou e te enviou em missão.
Belo dia este que Deus determinou para tua posse nesta paróquia. O dia que pela Palavra ele te chama para a missão, para ser seu missionário predileto nesta comunidade abençoada.
O Senhor te designou e te escolheu, e assim como Amós e como os Discípulos ele te disse: "Eu preciso de ti"e você deu o seu sim .
Que Deus o abençõe imensamente pelo seu SIM nesta missão e te inspire a mensagem que Nosso senhor quer levar a todos, vivendo-a primeiramente em seu coração.
Que Deus abençòe imensamente estas comunidades e esta paróquia que te acolhe como pastor e pai espiritual.
E que Deus abençõe D. Neri, Bispo Diocesano por te acolher e confiar no seu chamado ministerial.
Parabéns Pe. Luiz Carlos Francisco Targino pela sua posse.
Parabéns Pelo seu SIM.
Deus o abençõe