A liturgia de hoje nos põe a refletir
sobre o serviço gratuito e humilde. Enquanto Jesus pensava em missão e
salvação, os discípulos discutiam quem seria o maior entre eles. E é pena que
ainda hoje, na Igreja, nem todos tenham entendido o verdadeiro sentido do
serviço e se desgastem em disputas
para provar quem sabe mais ou quem tem
mais poder na comunidade. Há pessoas que ainda não compreenderam que trabalho
feito em equipe rende mais e que, perante Deus, somos igualmente grandes, tanto
o que fala bonito quanto o que faz as tarefas mais simples. Não é o tamanho do trabalho
que conta, mas a gratuidade em servir. A vida corre melhor quando não há
ninguém
derrotado. A carta de Tiago fala
também de gente que não é atendida porque não sabe pedir. O que é não saber
pedir? É principalmente não se colocar a serviço da vontade e da sabedoria de
Deus. No entanto, existem coisas ótimas para pedir a Deus: coragem e
discernimento para fazer o melhor, ternura de coração para perdoar, força para
não nos sentirmos sozinhos nas dificuldades... São pedidos de atendimento
garantido, porque coincidem com o que o próprio Deus deseja de nós. Ser grande
no Reino é ser pequeno e servir os pequenos. O mundo moderno não entende isso.
Os prepotentes sentem-se ofendidos quando uma pessoa humilde chama Deus de Pai.
Ora, o humilde que chama Deus de Pai é Jesus mesmo. A grandeza não importa. Uma
criança, sem poder nenhum, pode ser o representante de Jesus. E não apenas uma
criança, mas qualquer pequeno ou oprimido. Todos os sem-poder do mundo
parecem-se com Jesus. Nossa ambição deve ser: servir Jesus neles. Então seremos
grandes. Devemos aprender com Jesus a viver como servos e servas. Não o
orgulhoso ou o ambicioso, mas o
humilde consegue despertar a força do amor que dorme no coração dos homens.
Podemos conseguir realizar os ensinamentos de Jesus, fazendo a experiência da
leitura diária e orante da Bíblia em família e na comunidade. Como está a nossa
disponibilidade
para a
leitura e a vivência da Palavra
de Deus?
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